segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Sem Acentos
labios!
e por entre
meus dentes,
MAIS palavra
nao passa
Nem virgula
acento
resmungo
xingamento
choramingo
nem nada!
Que destrua
estapeie
escrotize
ou esculache
Ou que
brade
ser UMA,
dentre tantas
enganosas
verdades
Nao me
importa
- nao mais
que eu me
corroa
em odio
em tristeza...
E que me
arrebente
o ciume
e
o gargalhante
deboche
Que eles
vazem
em espasmos
sarcasticos
pelos cantos
malfadados
de um blog
Cerro meus
labios
e, muda,
seguirei ao
teu lado
E te verei
satisfeito
Cerro meus
labios
porque te
amo...
e nao veras
se sou
eu
a vela,
a chama
ou o proprio
incendio
ou ja seriam
cinzas?
Cerro-os!
E que todo
meu choro
sangre&estanque.
Dentro.
EG
terça-feira, 22 de junho de 2010
O Passeio
Por: Fabio da Silva Barbosa
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Poema de Aquário
Ahh lírico e onírico
da sereia de papel
que derrete
toda encanto-s...
me tortura, a leviana!
a cada escama
que se vai
EG
sexta-feira, 11 de junho de 2010
PORRESIA
Há uma gota de porra em cada poema
Há um gosto de poesia em porra nenhuma
quarta-feira, 9 de junho de 2010
puta que te quero santa, santa que te faço puta
.
.
Foto por EGibson
Local: Interior de um barraco no centro do Rio de Janeiro, isolado pela Defesa Civil depois de desabamento parcial.
sábado, 15 de maio de 2010
IDEOLOGIAS
Minhas mãos farrapentas
meus braços, talas
O verbo empalhado
- de araque!
eloquente BOÇAL
não vale o que come...
espantalho-eu!
horripilante!
num campo de
tolos...
ARRE, COVARDES CORVOS!
fracos
minha língua
ferina-de-trapo
EU BRADO!
uma vida de palha,
inútil e frágil...
senhores! não movo!
EG
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Boteco da Cachaça
Encurralados estávamos em um pé sujo da melhor qualidade. Quase engolidos por um exército de garrafas de cachaça das mais variadas procedências, formatos e sabores. Prisioneiros do paraíso. Uma noite – longa. Um vendaval. Chove… Chove para cacete! Que morramos afogados pois! Doce e delirante morte. Embriagados um do outro.
Ao menos bacalhaus a salvo – por ora; apinhados aos montes sobre nossas cabeças. Uma prece a Nossa Senhora dos Alagados.
segunda-feira, 8 de março de 2010
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Sexta Feira 13 - Enterro
Freak
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A luz apaga. E do lodo submerge embriagada em vinho criatura de aparência retorcida, enrugada tanto de pele quanto caráter. Dos olhos chispam faíscas de ódio e rancor, urrando pelo teu nome, exalando o cheiro de entranhas salpicadas de chagas abertas. E as pernas desgovernadas põe-se em marcha pisoteando fagulhas de orgulho e dignidade, dando início à contagem regressiva para o fim, para um recomeço atormentado a partir do novo lampejo de uma vida inumana, cujas narinas arfam os ventos arrasadores da desesperança. Rancorosa criatura. Pulsa trilho abaixo agora sem os freios. Nem rocha seria capaz de conter o famigerado instinto destruidor, truculenta e transbordante de uma saliva ácida, ávida por dilacerar toda carne que peca por desejar o que nunca, jamais, seria capaz de possuir. Só pararia no alvo – em ti... ou seria... n-ELA? Sede que sacia somente após toda justiça feita - com as mesmas mãos que te encheram de carinho. Que te acariciaram o pau. Um bom foda-se.
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A porta se abre e do elevador os passos que aniquilarão todo belo. Cambaleante enfurecida, um gelo baiano ousa sonhar ser capaz de interromper sua trajetória. Filho da puta de paralelepípedo que não percebe a extensão de minha dor! Pra que o maldito entenda de vez, cinco golpes curtos desferidos contra o obstáculo – de chapisco, como teu peito. E o sangue escorre. Não da pedra, mas por entre os dedos pequenos e finos, magoados, tanto quanto o orgulho por ser preterida e não amada. Um ótimo foda-se então.
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Ao longe uma perna longilínea de mulher e uma porta de carro - Ó estúpida cretina magrela que não tem consciência de quanto vale uma perna! Não tens ideia de quanto sofrimento te causaria um fêmur esmigalhado por uma porta de carro? Mas um fêmur dilacerado talvez não incomodasse tanto quanto a dor por ser ignorada. E a idiota desejada da vez quase fica sem seu precioso raquítico membro. Sortuda, a magrela é tocada pelo instinto de sobrevivência e seu fêmur de merda é salvo da pancada que se concluiu. Sorte de quem? A franzina não se fodeu.
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E teus braços tentam desesperadamente e sem êxito conter o que não pode ser contido. Não se contém a devastação e a loucura. E as marcas de dentes cravadas no teu peito por um longo tempo te fariam lembrar de uma certa existência. Devastadora. O amor. O tesão...
Socos, pontapés, calúnias e injúrias balbuciadas entre presas que rangem enquanto a peleja perdura, naquela noite mal dormida, naquela noite eterna e escura. Mossas na lataria do carro, uma camisa feita em pedaços, mão e dedos arrebentados, não valem mais que um peito em frangalhos. Um simples abraço afetuoso - que não veio de ti - e a fera despenca enfim. Mas o pranto continua... Pois bem, hoje, é chegado o fim. Um lancinante grito de FODA-SE.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Categoricamente
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
ARGUMENTO E ROTEIRO DE EGIBSON
ROTEIRO ORIGINAL e ficha técnica:
http://msgibson-eg.blogspot.com/2009/03/pulsao-e-renuncia.html
Foto em still: Pedro Meyer
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
"Falou o que quis? Agora ouve o que não quer..."
"...falando em mau cheiro, é o que tu chama de lixeiro, que inibe a multiplicação de tua espécie..."
"...sem opção, ou pedia perdão, ou um novo emprego...de lixeiro! isso se o lixo concordasse em ser recolhido por alguém da sua classe..."
"...a pior sujeira não sai cm sabonete"
(Direção, imagens e edição): Maia, (Voz e letra): Garnett, (Selo): Pegada de Gigante, (Assistência/Criação): Robson Ribeiro, Evelyn Albuquerque, Douglas Campolim, Marcos Maia e Daniel Olmedo, (Direitos de Imagem gentilmente cedidos por), Bruno Ruguê, Diogo "Jhow" Castilho, Hion Silva , Rafael Dan, Rafael Scotto, Rudão Brandolin
"Mas cada um acha o que quer, não é mesmo?"
líquido
por onde escorro de leve
Cansada.
não arrebata
tampouco
arrancA ou Arrasta
ele desliza tranquilo
sem pressa...
Perpassa
destroços passados
o gentil riacho
e não teme
o sinuoso
correr
escorrega
entre frangalhos
musgos
e pedras
limpa as frestas
revela-me úmida
por detrás das chagas
No teu leito
desarmada em pêlo,
uma brisa abraça
minhas rugas chorosas.
eu cavo um suspiro
- o mais sôfrego
- o mais profundo
com a cabeça
em teu peito.
Minha fada
pousada no dorso
- saudosa ainda
recolhe as asas
Em meus cabelos,
brincam teus dedos
teu silêncio atenua
tantas dores
nefastas...
Calma.
nem ruído eu escuto
De olhos fechados
só o tilintar da novíssima
ÁGUA
me lava daqu-ele
me devolve o sorriso
e sobrepõe meu
soluço
EG
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
PUNHAL
Pessoa risonha-iluminada!
Que viveis da pele pra fora...
Refastelada ao sol
na vossa cômoda
loura-bronzeada
disfarçada surdez
Meto-vos
um punhal no bucho!
E vereis
como sois
da pele pra dentro!
Enfio bem no centro
e torço devagarinho...
Bem no intestino vosso
- o grosso!
revirando
da direita pra esquerda
até que percebais
vossa desgraça
infeliz
Não sentis?
Pelo olor do vosso
ARROTO,
que o interior
de vossas tripas
contem
toda vossa futilidade
fermentada
- há muito já
bolo de merda
imundo!
Consumido nos
restaurantes
de luxo,
que pagais
com vossa
ganância maquiada
pelo discurso
- bajulador hipócrita!
de quem se
importa
com a FOME do
outro
Quero só ver,
depois de rasgadas
e expostas
vossas pretensas
estrebuchantes bondades,
se ainda sereis capaz,
de ostentar radiante,
essa tal felicidade.
EG
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
LHASA DE SELA
E tua alma llorona não mais caminha por um deserto espinhoso, mas sobrevive num oásis de arrebatamento dos que mereceram o que tanto quiseste dar. Obrigada por me incendiar com tua emoção.
El Desierto
He venido al desierto pa'reirme de tu amor
Que el desierto es mas tierno y la espina besa mejor
He venido a este centro de la nada pa'gritar
Que tu nunca mereciste lo que tanto quise dar
He venido yo corriendo, olvidandome de ti
Dame un beso pajarillo, note asustes colibri
He venido encendida al desierto pa quemar
porque el alma prende fuego cuando deja de amar
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
MÃE
http://br.olhares.com/a_menina_dos_prazeres_fo
to1757898.html
É assim.
Essa filha que vos fala, filha desmemoriada.
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