quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

às bacantes

*

uvas, as uvas!
dionisíacos, os cachos
serpenteiam virilhas
do livre pensar
- salivante loucura
CRIAção CRIAatura
- APLAUSOS!

*

embededados nos palcos,
umas...
doçuras
outras...
engodos!
- eu? provo de todos
Porém só tuas
- ó Baco!
engulo e deleito
MAS nem VEM que
não como!
a moral em caroços
Da arena
os devolvo
cuspidoescarrados
depois de currados
no cu
no ouvido
na mente
mais todo
desocuPado buRaco
E FALO a todos
jovem, aparente
quão moral é demente
é ’quela senhourinha ali,
bem aquela, ó!
num fitar de
soslaio a vida
Tira-lhe o véu!
é débil e vil e corcunda e estéril
- não cria jamais, imprestável moral
ta lá!
a apontar, criticar,
oprimir
em rugoso rubor na plateia
‘encabulou’, dizem
dissimulando seu gosto
*


Não me engana - é decrépita!
no escuro em apalpos...
de pernas abertas
febril é a velha
mesquinho e ardil
um gozo senil
usurpado,
acredita!, meu Baco...
de ti
*


EG


* Fotos: Juliana Tristão (Espetáculo "As Bacantes" / Companhia Teatro Oficina / Diretor: Zé Celso)
www.flickr.com/photos/juliana_tristao

6 comentários:

  1. Que maravilha
    Espero que esse seja um retorno as maravilhas diárias deste blog
    Afinal "A REALIDADE É PARA AQUELES QUE NÃO PODEM SUPORTAR O SONHO"

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  2. Voltou em grande estilo...

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  3. Grande poema báquico!! os ditirambos cantam em seu nome!!

    Meu blog é http://molholivre.blogspot.com/

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  4. Li, fui até a geladeira e bebi um copo de Sangue de Boi. Apesar de tudo, me sinto mais excitado quando bebo cerveja.

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  5. Salve, E.G. Aqui o Wagner que você conheceu sábado em Niterói. Excelente o seu blog. Continue a nos inebriar.

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