quarta-feira, 27 de abril de 2011

mãe é mãe

Sra.Desigualdade, por quanto ainda abandonarás teus incontáveis rebentos à sorte? Ruas, vielas imundas, saco, semáforo, barracos, sacola, córregos e latões? Mosquito e latrinas! Em mãos clandestinas. E por onde diabos anda quem teu lombo espanca e contigo se deita!? Sr.Capital! Esperma omisso e covarde! Na certa o puto tá de desfrute, junto à Soberba-dos-olhos-azuis-que-não-teve-escolha, ó tadinha, com os filhos a salvo, acalentados, rosados, nutridos - tão poucos! Escapam à opção do aborto. Limpo. Seguro. Uma vez bem nascediço, protegidos por obra e graça do senhor dos senhores. Misericordioso... e justo! "Ele sempre sabe o que faz" - e pra quais o faz. Ô ventre desgraçado! Mirai no exemplo de virgem Maria! Louvai, louvai, aceitai teu destino e louvai! Mulher infeliz, vaca desdentada maldita...

Mãe é protetora! Já disse as Casas Bahia.

EG

3 comentários:

  1. Simplesmente fantástico e cortante!!!

    ResponderExcluir
  2. Quero lhe entrevistar:

    http://molholivre.blogspot.com/

    entrevistas

    http://fetozine.blogspot.com/

    do fanzine Vertigem

    http://zinevertigem.blogspot.com/

    coletivo zine:

    http://coletivozine.blogspot.com/

    ResponderExcluir