Foto: A Menina dos Prazeres
Autor: Daniel Pedrogam
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to1757898.html
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É assim.
Das casas germinadas dos corredores compridos de alvenaria, ahhh siiim dessas tenho saudade. Mas daquela, justo aquela! de tábuas, baratescorpião e o assoalho em terra batida, minha memória se esquiva. Vai lá, vem cá, lembro algUns sim ALguns relances. Mas lá, justo lá, estive o mais juntinho perto de quem verdadeiramente amo. Mas lá, deus vixe maria! justo lá, a casa de tábuas do mingau translúcido de Maizena da caixa amarelinha - sem leite! - essa sim me foge à vista.
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Lembro só que vizinha pediu à mãe que por obséquio, favor, gentileza, que aquele frango ali, justo aquele frango, mas logo aquela galinha, ali!, em nossa geladeira guardasse. Pois bem! Vizinha abastada em casa sem luz elétrica estava. Dito que a panela nossa de todo dia, vazia! vaziiiinha, não suportou tamanha tentação. Mãe que sabe o que é ter sem nada a barriga de uma filha, sequer pensou se crime cometia. Robou-lhe da vizinha. E a penosa tadinha, tenho dó!, devolveu retalhada. Nada de sôbre, descoxada.
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Sou eu quem pra condená-la?
Essa filha que vos fala, filha desmemoriada.
Essa filha que vos fala, filha desmemoriada.
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EG
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da nova série: experimentações #1
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