Autora: Telma Simões
Minhas mãos farrapentas
meus braços, talas
O verbo empalhado
- de araque!
eloquente BOÇAL
não vale o que come...
espantalho-eu!
horripilante!
num campo de
tolos...
ARRE, COVARDES CORVOS!
fracos
minha língua
ferina-de-trapo
EU BRADO!
uma vida de palha,
inútil e frágil...
senhores! não movo!
EG
Existo nos sustos que causo.
ResponderExcluirPoema sintético e forte. Isso, sim, é literatura. Parabéns à autora!
ResponderExcluir(www.expressaoliberta.blogspot.com)