quarta-feira, 25 de novembro de 2009

25 de Novembro...

- Enquanto ouvia as atrocidades que iam sendo narradas, a delegada olhava pros hematomas em seu rosto, que a desfiguravam. O olho esquerdo mal conseguia abrir. Alguns dentes arrancados da boca. Apesar de presenciar diariamente esse tipo de cena, era sempre como se estivesse vivenciando pela primeira vez. Os sentimentos de revolta, indignação, impotência, eram sempre tão intensos como no primeiro depoimento. As histórias daquelas mulheres colavam em sua mente, uma a uma. Às vezes se questiona se não teria sido melhor seguir na área trabalhista... Bom, pelo menos o covarde não saiu impune. Aquela figura franzina ali sentada e suja de sangue, chorosa, semi analfabeta, de cabeça baixa, olho roxo e coração partido, não era uma vítima (ré?) comum. Cansada de contínua humilhação, dessa vez não deixou assim tão barato. Que o digam o covarde e suas partes íntimas - bêbado-filho-da-puta! E ela jamais seria capaz de condená-la...
EG

Um comentário:

  1. Esses caras merecem ser lavados com leite e mel..., e depois jogados às formigas.

    Te linkamos lá no Dicas Sobre Nada.
    Braços!

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