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Catedral de Notre Dame - Paris
às 6:30 da manhã
As gárgolas
nos observam
sarcásticas
do alto de suas
torres
Riem
- histéricas
do nosso encontro.
E os sinos
batem
E os órgãos
estremecem os mil tubos
em tensos
e infinitos graves
E eu,
a QUASIMODA
COXA
DEFORMADA
CORCUNDA
FEIA
e MONSTRA
esgueiro-me
até tua boca
de soldado viril
Meu garboso Phoebus
que me toma
mas nunca me beija!
aproveitando-se do
manto da noite
pra extravasar teu desejo
e saciar tua carne!
Escondidos sorrateiros
entre as naves
frias e escuras
- tão soturnas
da catedral!
Só dessa maneira
meu amado me quis...
Com seu coração
prisioneiro, sincero,
- nunca infiel,
a sua pura
- celestial!
sua noiva Fleur-de-Lys
EG

Ilustração da Primeira Edição de "Notre-Dame de Paris" - Public Domain
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